A suinocultura cresce cada vez mais no Brasil. Segundo a análise da Suíno cultura industrial, com base em dados divulgados pelo IBGE, houve crescimento de 5% no abate de suínos em 2022, comparado com o ano anterior.

Nesse cenário de crescimento, algo sempre preocupa os produtores, são as doenças em suínos. Venha saber quais são as principais doenças que afetam os porcos e como prevenir.

6 doenças que mais afetam os suínos

As principais enfermidades que afetam os suínos se manifestam pelo trato gastrointestinal e o sistema respiratório. Veja as doenças que mais afetam os suínos!

1. Coccidiose suína

Causada por um protozoário (que pode ser Eimeria, Cystoisospora suis, Cryptosporidium), a Coccidiose é uma das doenças em suínos que mais afeta os leitões. Caracterizada principalmente pela diarreia amarela e pastosa, se apresenta nos primeiros dias de vida do animal. A doença causa a perda de peso e apatia. Uma vez que um animal é infectado, toda a leitada fica exposta à doença, que se torna endêmica.

Como tratar e prevenir coccidiose suína?

Para tratar, controlar e/ou até prevenir a doença, é indicado o uso do Baycox ainda nos primeiros dias, em todos os suínos recém-nascidos.

A prevenção contra Coccidiose suína pode ser realizada com pequenas ações. O uso de calçados exclusivos para manejo dos porcos já contribui. Usar os mesmos sapatos para cuidar os animais e fazer outra atividade pode aumentar a chance de contato com a doença.

Controlar pragas como moscas e ratos é crucial para prevenção da doença. O produto Agita e iscas para ratos podem auxiliar na remoção dessas pragas.

2. Peste Suína Clássica

Conhecida também como febre suína, a peste suína clássica (PSC) é causada por um vírus. É uma das doenças em suínos que mais causa prejuízos, visto que não exite tratamento e os animais infectados devem ser sacrificados.

A transmissão da doença se dá por meio do contato direto com os suínos infectados. Também é propagada por meio de utensílios, veículos, agulhas, e até por roupas e pessoas que tiveram contato com animais doentes. Em geral, o vírus possui um tempo de incubação de 7 a 10 dias.

Os sintomas podem variar entre febre alta, diarreia, manchas na pele, hemorragias, vômitos, convulsões, falta de apetite e dificuldade para andar.

Como evitar ou prevenir peste suína clássica?

O controle da doença acontece através da identificação — o diagnóstico Peste Suína Clássica é feito por meio de provas sorológicas que analisam a presença de anticorpos específicos contra o vírus causador da doença. O teste de triagem utilizado é ELISA (Ensaio de Imunoabsorção Enzimática).

Além disso, o sacrifício de todos os animais infectados pode ser indicado.

Já a prevenção deve ser feita através da vacinação. No Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal, considera o Mato Grosso do Sul e outros 15 estados uma zona livre de doenças.

Outros estados brasileiros a vacinam contra a peste suína clássica.

Outros fatores que ajudam a prevenir a doença é evitar a superlotação de baias e não incluir animais selvagens no manejo. Além de cuidar das condições de tratamento.

3. Rinite Atrófica

Essa é uma das doenças em suínos e atinge o sistema respiratório de animais ente 3 e 8 semanas de vida. Causada principalmente por bactérias, é contagiosa e transmitida através do contato entre os suínos e pode inclusive passar da mãe para o filhote durante a amamentação.

Os principais sintomas da doença são espirros frequentes, secreções e sangramentos no nariz. Em casos mais graves, a doença pode afetar a estrutura óssea do focinho, causando deformidade.

Como tratar a rinite atrófica?

Medidas como higiene e cuidado com manejo, além de evitar a superlotação, são essenciais para prevenir a doença. O uso de medicamentos terapêuticos pode ser receitado, e usados junto a ração. A vacinação pode ser feita em duas etapas para animais adultos, respeitando um intervalo de 4 e 6 semanas. Porcas gestantes são vacinadas antes de cada parto.

Os leitões também podem ser vacinados, a partir de 1 semana de vida. Para creche distante, o desmame deve ser efetuado com antecedência.

4. Pleuropneumonia suína

Essa é uma doença que afeta o sistema respiratório dos suínos. Causada por uma bactéria chamada Actino bacillus pleuropneumoniae pode até causar a morte dos animais. A presença da bactéria está ligada principalmente a más condições de manejo, super lotação de baias e fatores ambientais.

Essa dica vale para propriedades que atuam com pecuária intensiva e extensiva.

Entre os sintomas estão, febre alta, perda de apetite, tosse espontânea ou intermitente e queda na taxa de crescimento. A Pleuropneumonia causa lesões nos pulmões, nas amígdalas e na cavidade nasal. A doença pode se manifestar em casos agudos, causando até a morte súbita dos animais.

Como tratar pleuropneumonia suína?

O controle da doença deve ser feito precocemente, a partir do tratamento com antibióticos e a separação dos animais infectados dos demais. Procure um médico veterinário para realizar o diagnóstico e indicar a melhor abordagem.

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5. Parvovirose Suína

Causada por um vírus da família Parvoviridae, essa é uma doença muito comum em granjas e afeta a reprodução dos animais. Causando a morte de leitões antes mesmo do nascimento. Para os produtores que trabalham com o manejo reprodutivo, a Parvovirose traz um grande prejuízo.

O vírus pode permanecer por vários meses no ambiente e é facilmente disseminado entre os animais. A transmissão ocorre através da ingestão de fezes, secreções ou placentas contaminadas.

Quando a fêmea é infectada durante a gestação, o vírus atravessa a placenta e se instala nos embriões, causando problemas como a morte ou mumificação dos fetos.

Qual o tratamento para parvovirose Suína?

A doença não tem cura. Quando diagnosticados, os animais infectados devem ser sacrificados.

É importante manter boas condições de higiene e manejo para evitar a contaminação, além de manter a vacinação em dia. Prevenção contra roedores e pragas é crucial.

Faça a vacinação dos animais corretamente, com o auxílio de um médico veterinário.

6. Doença de Aujeszky

Conhecida também como pseudoraiva, a Doença de Aujeszky é causada por um herpes vírus e é infectocontagiosa. O vírus fica nas secreções nasais e saliva dos suínos. A contaminação se dá por meio do contato com animal doente, ou água e ração infectadas.

A doença causa a queda de produtividade em matrizes e sintomas como sinais clínicos respiratórios e nervosos, problemas reprodutivos nas porcas gestantes, e tremores, hipotermia, espuma pela boca, depressão, pelos eriçados e morte nos leitões infectados.

Como tratar doença de Aujeszky?

Não existe tratamento para doença de Aujeszky, para erradicá-la, todos os animais infectados devem ser retirados do rebanho. Quando diagnosticada a doença, deve ser notificada às autoridades sanitárias.

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Em qualquer caso de sintomas entre imediatamente em contato com o médico veterinário. Manter boas práticas de higiene e manejo ajudam a prevenir várias doenças em suínos.

Atenção às doenças do complexo respiratório

As doenças listadas geram grandes perdas econômicas na suinocultura, principalmente aquelas associadas ao complexo respiratório. É uma síndrome que pode ter vários fatores, relacionada com as interações de diversos agentes patogênicos, bem como fatores ambientais, manejo e até mesmo genética.

Por estar suscetível a atingir os animar por mudanças climáticas, pode ser mais fácil a contaminação.

A gravidade das doenças respiratórias em suínos depende dos agentes envolvidos e principalmente da ambiência. Por isso, é fundamental identificar a doença e tratá-la.

Fatores de risco e causas das doenças respiratórias em suínos

A maioria das doenças respiratórias em suínos são causadas por infecções, geralmente de dois ou mais microrganismos. Esses agentes podem ser tanto bacterianos quanto virais.

Além dos agentes causadores da doença, é preciso prestar atenção nos fatores de risco. A tendência a doenças respiratórias aumenta devido ao clima seco. Nessa hora é importante ficar atento ao manejo.

A médica-veterinária, Andrea Panzardi, explica que as doenças respiratórias podem ocorrer o ano todo, entretanto, com uma maior pré-disposição nas épocas de outono e inverno:

“Pelo fato da produção de suínos ser realizada de forma intensiva, em que os animais são alojados próximos uns dos outros, vindos de mais de duas origens distintas e muitas vezes sem uma circulação de ar adequada, há um aumento das chances de ocorrências dos desafios respiratórios”

Como prevenir as doenças respiratórias?

Além do manejo, questões ambientais e climáticas também aumentam a tendência das doenças respiratórias em suínos. Fatores como clima seco, ambiente adequado, má ventilação e temperatura inadequada, pré-dispõe os animais às doenças.

Por isso, para prevenir é necessário garantir boa ventilação, temperatura, higiene, lotação e disponibilidade de ração.

As doenças respiratórias começam a surgir com maior intensidade a partir da fase de creche:

“Um dos agentes que gera grande desafio é o vírus influenza, transmitido pelo ser humano. Nesse sentido é preciso evitar o contato de pessoas gripadas com os animais. Além deste cuidado, existem outros agentes importantes, como algumas bactérias que causam estes problemas”

Para identificar as doenças respiratórias, é preciso fazer o monitoramento clínico com frequência. “É importante observar os animais, movimentá-los e começar a prestar atenção em tosses e espirros, ver a frequência para saber se tem desafio baixo, médio ou alto”, acrescenta Andrea.

Tratamentos de doenças

Para realizar o tratamento adequado, é importante identificar o agente causador da doença, pois isso, nos primeiros sinais da doença, procure um médico veterinário de sua confiança para realizar o diagnóstico e indicar o tratamento ideal para cada animal.

Da fase de creche até meados dos 63 dias de vida, o tratamento pode ser feito com o Lactofur, que também ajuda a controlar outros agentes como os causadores da meningite.

Na fase de terminação o tratamento também pode ser realizador com o Lactofur que é muito indicado por ser dose única, ter zero carência e ação prolongada por cinco dias.

Aqui no nosso blog nós temos várias dicas de como cuidar dos animais na sua propriedade. Por exemplo, veja como evitar carrapatos na sua fazenda!