A Babesiose bovina é uma doença que preocupa criadores de gado em todo o Brasil. Causada por protozoários do gênero Babesia, essa enfermidade pode causar sérios prejuízos econômicos e comprometer a saúde do rebanho.

É fundamental que produtores e veterinários estejam atentos aos sinais, como os bezerros babando, e saibam como agir, assim como fazem com outras condições, como a acidose ruminal.

Neste artigo, abordaremos os principais aspectos da babesiose bovina, incluindo definição, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Com essas informações, você estará mais preparado para proteger seu rebanho e garantir a saúde dos animais.

O que é babesiose bovina?

A babesiose bovina é uma doença parasitária que afeta o sangue dos bovinos. Ela é transmitida principalmente por carrapatos infectados com protozoários do gênero Babesia, especificamente as espécies B. bovis e B. bigemina. Esses parasitas invadem e destroem as células vermelhas do sangue, causando anemia.²

babesiose bovina branco no pasto

A doença é comum em regiões tropicais e subtropicais, onde os carrapatos proliferam com facilidade. No Brasil, a babesiose bovina representa um desafio significativo para a pecuária, podendo causar perdas econômicas substanciais devido à redução na produção de leite, perda de peso e, em casos graves, morte dos animais. É importante diferenciá-la de outras doenças graves, como a doença da vaca louca, que tem origens e sintomas distintos.

A babesiose afeta principalmente o gado bovino, mas pode ocasionalmente acometer outros animais ruminantes. Sua prevalência varia de acordo com a região e as condições climáticas, sendo mais comum em áreas com alta infestação de carrapatos. O impacto econômico da doença pode ser significativo, afetando não apenas a saúde dos animais, mas também a produtividade e a rentabilidade das fazendas.

Quais são os sintomas da babesiose bovina?

Os sintomas da babesiose bovina podem variar de leves a graves, dependendo da espécie do parasita e da resposta imunológica do animal. Os sinais mais comuns incluem febre alta (acima de 40 °C), anemia, fraqueza, falta de apetite e prostração. Em casos avançados, pode-se observar urina escura devido à hemoglobinúria.¹

Outros sintomas frequentes são icterícia (coloração amarelada das mucosas), aumento dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória. É importante notar que animais jovens tendem a apresentar sintomas mais graves, enquanto bovinos adultos podem desenvolver uma forma crônica da doença com sinais menos evidentes. A brucelose bovina, outra doença séria, apresenta sintomas diferentes e não deve ser confundida com a babesiose.

Como diagnosticar a babesiose bovina corretamente

O diagnóstico preciso da babesiose bovina é crucial para o tratamento adequado. O método mais comum é a análise microscópica de esfregaços sanguíneos, onde é possível visualizar os parasitas dentro das células vermelhas. Esse exame deve ser realizado por profissionais experientes para evitar falsos negativos.

babesiose bovina preto com mancha branca na cara

Além disso, testes sorológicos como ELISA e imunofluorescência indireta podem ser utilizados para detectar anticorpos contra a babesia. Em casos suspeitos, a avaliação clínica dos sintomas pelo veterinário, combinada com o histórico do animal e da propriedade, também auxilia no diagnóstico. É importante diferenciar a Babesiose de outras doenças que podem afetar animais ruminantes, garantindo um tratamento adequado.¹

Tratamento da babesiose bovina: o que fazer?

O tratamento da Babesiose bovina deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico. A terapia padrão envolve o uso de medicamentos babesicidas, como o dipropionato de imidocarb ou o aceturato de diminazeno. A escolha do medicamento e a dosagem dependem da gravidade da infecção e devem ser determinadas por um veterinário. ¹ ²

Em casos de anemia severa, pode ser necessária a realização de transfusão sanguínea. Adicionalmente, terapia de suporte com fluidoterapia, anti-inflamatórios e suplementação vitamínica pode ser recomendada para auxiliar na recuperação do animal. É fundamental seguir rigorosamente as orientações do veterinário para garantir a eficácia do tratamento e evitar complicações como o botulismo bovino.

Cuidados pós-tratamento e recuperação do gado

Após o tratamento, é essencial monitorar de perto a recuperação dos animais afetados. Mantenha-os em área sombreada e com acesso fácil à água limpa e alimentos de boa qualidade. Evite movimentações desnecessárias e estresse nos primeiros dias após o tratamento.

Realize exames de acompanhamento para verificar a eficácia do tratamento e a recuperação dos parâmetros sanguíneos. Em alguns casos, pode ser necessário repetir o tratamento ou ajustar a estratégia terapêutica. Mantenha o controle de carrapatos durante esse período para prevenir reinfecções e esteja atento a outras condições que podem afetar a pele, como a sarna em bovinos.

Como prevenir a babesiose bovina no rebanho?

A prevenção da babesiose bovina está diretamente ligada ao controle eficiente de carrapatos. Implemente um programa de controle integrado, que inclui o uso estratégico de carrapaticidas, o manejo adequado das pastagens e a rotação de áreas de pastejo. A aplicação correta e regular de produtos carrapaticidas é fundamental.

Nas áreas de proliferação da doença, considere a vacinação do rebanho contra a babesiose. Vacinas atenuadas estão disponíveis e podem conferir proteção significativa. Além disso, mantenha boas práticas de higiene e manejo, como a quarentena de animais recém-adquiridos e o monitoramento regular da saúde do rebanho.¹

Proteja seu rebanho contra a babesiose bovina hoje!

A babesiose bovina é uma ameaça real para a saúde e a produtividade do seu rebanho. Estar atento aos sintomas e agir rapidamente pode fazer a diferença entre a recuperação e as perdas significativas. Implemente medidas preventivas e mantenha-se vigilante para proteger seus animais.

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Fontes:

  • AHMAD, A.; ALI, Z.; M.H. LASHARI. Study on spatio-temporal prevalence and hematological attributes of bovine Babesiosis in cattle population of Layyah, Southern Punjab, Pakistan. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 75, n. 5, p. 787–799, 1 out. 2023. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abmvz/a/kkrPBnsRkcrFVRJ8htkscYC/?lang=en> ¹
  • CARLOS ANTÓNIO MATOS et al. Genetic diversity of Babesia bovis studied longitudinally under natural transmission conditions in calves in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária/Brazilian Journal of Veterinary Parasitology, v. 29, n. 4, 1 jan. 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abmvz/a/kkrPBnsRkcrFVRJ8htkscYC/?lang=en>.²
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