Controlar rebanhos não é uma tarefa simples – especialmente em criações que possuem centenas de animais.
Por essa razão, os produtores encontraram opções para facilitar o manejo dos bois: os métodos de identificação.
Para os fazendeiros, o reconhecimento do animal não é o único ponto positivo dessa estratégia, visto que ela também viabiliza a otimização da atividade pecuária, facilitando a gestão da propriedade rural e até o controle de vacinação dos animais.
É isso o que aponta o artigo publicado no site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Dessa forma, nota-se que é realmente importante realizar a identificação do rebanho.
Se você ainda não marcou o seu gado, a Agroline vai te explicar tudo sobre o assunto neste post, começando por quais são os métodos identificares mais utilizados. Conheça!
1. Marcação a fogo
Apesar de existir diversos métodos, há uma divisão entre eles. Assim, alguns produtores optam por procedimentos mais habituais, já outros investem em maneiras de identificação mais complexas – consequentemente menos populares.
Então, começaremos pelos mais comuns de serem vistos em fazendas.
De acordo com o manual “Boas Práticas de Manejo Identificação“, publicado pela Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão (Funep), a marcação a fogo é o método mais usual de ser aplicado nos bovinos.
No entanto, apesar de ser comum e, por vezes, obrigatória – como em casos de controle da brucelose – ela não é aconselhada se você estiver considerando o bem estar do animal, pois causa feridas na pele.
Dessa forma, o papel principal de quem realiza esse tipo de marcação é poupar o sofrimento e assegurar que a identificação seja um sucesso. Em aplicações bem feitas, a marca é visível.
Porém, quando aplicada incorretamente, o carimbo não é nítido, além de possibilitar queimaduras graves, causando dor intensa ao animal.
2. Tatuagem
A identificação por meio da tatuagem é tecnicamente fácil de ser realizada – basta utilizar o alicate de tatuagem.
A ferramenta é elaborada com uma borracha de um lado e, no outro, uma estrutura que possui agulhas com tinta que marcam o animal, podendo ser combinações de números, letras ou símbolos.
Um dos problemas da identificação por tatuagem é que ela não fica muito visível, já que a aplicação, geralmente, é efetuada em uma das orelhas do bovino.
Assim, se o animal estiver com elas abaixadas ou até se estiver em movimento, o reconhecimento será mais difícil de ser efetuado.
Dessa forma, é comum que as tatuagens sejam realizadas em bezerros e posteriormente sejam combinadas com outras técnicas, como a marcação com fogo ou brincos.
3. Brincos
Os acessórios auriculares também são métodos comuns de identificação. Os brincos podem ser divididos em duas categorias: visíveis e eletrônicos.
O primeiro método é caracterizado por marcar o gado com a “plaquinha” que carrega o número de identificação do animal.
Já o segundo é feito em formato circular que utiliza sinais de radiofrequência que auxiliam no reconhecimento e no posicionamento do bovino.
Apesar de serem distintos, os brincos são utilizados de maneira complementar – um em cada orelha. Assim, fica mais fácil identificar o animal sem riscos de perder a marcação devido à retenção do acessório.
Além de ser um procedimento rápido, os brincos não são responsáveis por causar danos à saúde do animal – se forem aplicados corretamente, claro.
Saiba quais são as técnicas de marcação menos utilizadas
Agora que já vimos os métodos mais utilizados, vale saber também sobre os procedimentos que são mais difíceis de serem vistos em bovinos de uma propriedade.
- Marcação a frio: a identificação é feita utilizando marcas causadas pela destruição das células que pigmentam a pele, uma vez que utiliza-se nitrogênio líquido em temperaturas baixíssimas que variam entre -170ºC e -197ºC. Com o congelamento do tecido, os pelos da região caem e nascem brancos, indicando as propriedades do animal.
- Bolus intra-ruminal: como definido pela EMBRAPA, o bolus intra-ruminal é um dispositivo de cerâmica que carrega um chip de numeração única. A identificação é feita utilizando equipamentos capazes de ler o circuito integrado. Assim que é feita a leitura, o animal é reconhecido.
- Colar de identificação: segue os mesmo princípio do brinco eletrônico, mas como um colar. O dispositivo pendurado no pescoço do animal é equipado com um transponder – que ajuda na localização e identificação. Assim, o acessório combina as vantagens eletrônicas e visuais em apenas uma ferramenta.
Cuidados gerais com o bovino durante a marcação
Independentemente do tipo da marcação escolhida, é fundamental garantir os cuidados durante o manejo do animal. Veja algumas dicas que servem para todas as técnicas de identificação:
- Defina a técnica, o local, os animais e o responsável pela aplicação;
- Confira se o animal já passou por uma identificação;
- Aloque o animal no lugar certo, garanta que o animal não se mexerá durante a marcação;
- Se o gado estiver agitado, aguarde. Não coloque o aplicador ou o animal em risco;
- Não erre a marcação, evite causar estresse dobrado ao animal;
- Garanta que os materiais estejam em condições de uso, assim você evita danos colaterais ao animal;
- Em casos de inflamações, procure ajuda especializada.
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Se você gostaria de aprimorar ainda mais o seu negócio, aproveite para conferir quais são as diferenças que existem entre pecuária extensiva e intensiva, certamente o conhecimento pode te ajudar a administrar a sua propriedade!