O dictyocaulus viviparus é uma espécie de parasito que acomete principalmente os bezerros mais jovens e, até mesmo, o gado mais adulto. Em poucas palavras, ele é uma doença que ataca principalmente os brônquios e as traquéia do animal, onde o mesmo pode sentir grande desconforto e dificuldades para respirar.
Se não tratada corretamente, essa doença respiratória em bovinos pode trazer problemas de saúde para o rebanho, além do alto prejuízo para o pecuarista. Se tem curiosidade e quer aprender mais sobre a Dictiocaulose Bovina, você está no lugar certo. No texto de hoje, você vai aprender o que é, como diagnosticar, como tratar e outras informações úteis.
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O que é o verme de pulmão em bovinos (dictyocaulus viviparus)?
O Dictyocaulus viviparus é um parasito nematóide que afeta principalmente o sistema respiratório de animais mais jovens. Assim como em outras enfermidades, ele está ligado a diversas causas como a época do ano(principalmente no verão ou outono), a presença da praga no pasto, a falta de suplementação bovina e a baixa imunidade dos animais.
No Brasil, acredita-se que grande parte da perda de produtividade na pecuária seja causada por verminoses em bovinos. Isso ocorre principalmente devido ao clima presentes em algumas regiões do país, favorecendo o desenvolvimento e a evolução de diversas doenças — esse é o caso da Dictiocaulose em bovinos.
Confira a seguir, a fase de evolução da praga.
Evolução biológica da praga
A evolução do dictyocaulus viviparus é marcada por duas fases principais: uma é a de vida livre, onde ele passa por transformações no ambiente onde está inserido (no pasto); a outra acontece quando ele já está parasitando o animal.
As fêmeas desse nematóide são responsáveis por produzir ovos desenvolvidos com larvas L1, que geralmente já nascem dentro das vias respiratórias do animal. A L1 se desloca até a região da traquéia, onde são ingeridas e eliminadas por meio de fezes ou pela tosse. A partir disso, passam a ser chamadas de L2.
Em questão de cinco dias, as larvas evoluem para o próximo estágio, o L3. Nesse período, as pragas deixam o bolo fecal e se transacionam até a ferragem e o pasto. Logo, os bovinos acabam ingerindo a grama com a presença da larva no estágio L3.
Para finalizar, a última fase larval ocorre após cinco dias, onde as pragas chegam até os bronquíolos e brônquios e passam a ser chamadas de L4. Após 15 dias aproximadamente, já é possível observar a praga desenvolvida e adulta nos brônquios do bovino.
Como identificar o dictyocaulus viviparus?
Dentre os principais sintomas presente nos animais, deve-se notar em casos agudos enfisema pulmonar, secreção nasal, uma tosse mais úmida e grande dificuldade para respirar. Já em casos crônicos, é possível observar um emagrecimento lento, tosse frequente, entre outros.
Todo cuidado deve ser tomado para os animais acometidos com essa doença, pois além da dificuldade respiratória, a doença pode levar ao óbito, principalmente os bezerros mais jovens.
É importante lembrar que essa doença ocorre com maior frequência em terneiros de raças leiteiras, com até um ano e, normalmente, na primeira estação do pasto.
Como é feito o diagnóstico da dictyocaulus viviparus?
O diagnóstico de dictyocaulus viviparus deve ser feito por profissionais da área veterinária. Para ele, será necessário a realização de exames laboratoriais, além da determinação do número de larvas por grama (LPG), a qual é feita por meio de fezes, seguindo os métodos de Baermann.
Caso constatado a presença da praga em quantidades superiores a 50 LPG de fezes, pode ser caracterizado como uma infestação grave, exigindo maiores cuidados para o controle.
Como e quando tratar o verme pulmonar em bovinos?
O tratamento deve ser realizado quanto antes. Mesmo sem a presença dos parasitas no sistema respiratório do animal, os sintomas ainda podem persistir durante um bom tempo. Alguns medicamentos como anti-helmintos são os mais indicados para esse tipo de enfermidade, apresentando ótimos resultados contra todos os estágios desse parasita.
Medicamentos como long range, albendazol, ivermectinas e levamisol também podem ser indicados. Mas atenção: é preciso — em todos — os casos, o acompanhamento de um profissional para a medição da quantidade indicada e diagnóstico correto.
Outra dica importante é realizar o controle do pasto dividindo os animais mais jovens dos adultos. Assim, eles não têm contato direto com a pastagem, o que pode evitar ainda mais a proliferação desses parasitas.
O melhor tratamento é a prevenção! Para evitar a contaminação no pasto é preciso realizar a higienização das suas instalações, limpar os cochos, retirar a silagem e as fezes e ainda oferecer vitaminas para o gado. Dessa maneira, você conseguirá diminuir as chances de uma infestação e ainda aumentar a imunidade dos seus animais contra outras doenças.
Esperamos que o texto de hoje tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre esse parasita que pode trazer inúmeros prejuízos para a sua fazenda. A Agroline conta com diversos conteúdos sobre produtos veterinários, manejo de pragas, pecuárias e outros. Acesse e confira!
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Até mais!