A saúde do rebanho leiteiro é um dos pilares para garantir produtividade e rentabilidade na pecuária. Identificar, prevenir e tratar cada doença do gado leiteiro de forma rápida pode evitar perdas significativas.

Neste artigo, você vai conhecer as principais doenças bovinas que afetam vacas leiteiras, aprender a reconhecer sintomas, entender causas e aplicar métodos eficazes de prevenção. Mantenha seu rebanho saudável e seguro. Continue sua leitura!

1. Mastite bovina: prejuízos e como identificar no rebanho

A mastite bovina é uma das doenças do gado leiteiro mais frequentes e prejudiciais à pecuária. Ela é causada principalmente por bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus spp., que invadem a glândula mamária das vacas. Os principais sintomas envolvem alterações no leite, como presença de grumos e mudanças na coloração, além de inchaço, vermelhidão e dor ao toque no úbere.

A transmissão geralmente ocorre pelo contato com equipamentos de ordenha contaminados ou higiene inadequada das mãos. Para controlar a mastite no rebanho leiteiro, adote uma rotina rigorosa de higiene dos utensílios, mãos e do úbere. Faça o pré e pós-dipping corretamente, isole animais doentes e realize o teste do leite periodicamente.

A prevenção passa também pelo tratamento com a vacinação, recomendada em algumas regiões, e pelo acompanhamento do veterinário. O tratamento deve ser sempre orientado por um profissional, podendo envolver antibióticos específicos. O controle eficaz de mastite reduz perdas produtivas e mantém a qualidade do leite, impactando diretamente o sucesso do produtor.

 

 

2. Brucelose bovina: risco à saúde animal e humana

A brucelose é causada pela bactéria Brucella abortus e afeta principalmente a reprodução das vacas leiteiras. Os sintomas mais comuns incluem abortos, retenção de placenta, queda na produção de leite e dificuldade para emprenhar. Além dos prejuízos ao rebanho, a brucelose representa um risco para a saúde humana, pois é uma zoonose.

O contágio ocorre pelo contato com secreções, restos placentários ou ingestão de água e alimentos contaminados. Para proteger seu rebanho, vacine todas as fêmeas jovens conforme exigido pela legislação.

Utilize materiais descartáveis em partos e mantenha a higiene dos ambientes. Não existe tratamento eficaz para animais já infectados, por isso, o descarte dos positivos é essencial, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias.

 

 

3. Leptospirose: atenção aos períodos chuvosos e áreas alagadas

A leptospirose é provocada pela bactéria Leptospira e costuma se espalhar mais em épocas chuvosas e locais com acúmulo de água. Os sintomas observados são febre, abortos, queda de produção, icterícia e urina com sangue. A transmissão se dá principalmente pela exposição à urina de animais infectados, em especial roedores, e contato com água ou lama contaminada.

Para reduzir os riscos, controle a população de roedores, promova a drenagem de áreas alagadas e faça o manejo correto dos resíduos. Mantenha a vacinação do gado em dia e isole animais doentes. O tratamento envolve uso de antibióticos, sempre sob orientação veterinária, e afastamento dos animais acometidos para evitar surtos no rebanho leiteiro.

4. Febre aftosa: como reconhecer sinais e garantir imunização

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa, provocando grandes prejuízos econômicos na pecuária. Os sintomas mais frequentes são febre alta, feridas dolorosas na boca e nas patas, salivação intensa e dificuldade de alimentação. O vírus se espalha pelo contato direto entre animais, saliva, secreções e materiais contaminados.

A principal forma de prevenção é a vacina aftosa aplicada em todo o rebanho, respeitando o calendário oficial. Controle rigoroso da movimentação dos animais e desinfecção de instalações também são fundamentais. Não existe cura específica, então, o tratamento é de suporte. Notifique imediatamente qualquer suspeita aos órgãos de defesa sanitária.

5. Hipocalcemia: queda de produtividade e manejo preventivo

A hipocalcemia, ou febre do leite, é um distúrbio metabólico que atinge especialmente vacas leiteiras no pós-parto. O problema surge pela deficiência de cálcio no sangue, levando à apatia, tremores musculares, dificuldade de levantar e queda brusca da produção de leite. Geralmente, o manejo alimentar inadequado na transição seca/lactação favorece o surgimento da doença.

A prevenção envolve dieta balanceada, manejo alimentar correto antes e após o parto e suplementação mineral supervisionada por técnico ou veterinário. Quando ocorre um caso, o tratamento deve ser feito com aplicação de cálcio intravenoso, sempre sob orientação profissional. Um manejo preventivo garante mais saúde animal e produtividade.

6. Bicheira (miíase): riscos de infestação e cuidados no manejo

A bicheira é causada por larvas de moscas depositadas em feridas abertas na pele do animal. Os sinais mais fáceis de identificar são feridas expostas, presença de larvas, mau cheiro e agitação dos animais devido à coceira intensa. A infestação normalmente ocorre por falta de higiene, lesões não tratadas ou acidentes.

Para evitar a bicheira, faça inspeções frequentes nos animais, trate rapidamente qualquer lesão e mantenha o ambiente sempre limpo. O manejo inclui a remoção manual das larvas e o uso de medicamentos tópicos, conforme orientação veterinária. O controle de moscas e a vacinação são aliados importantes para proteger o rebanho leiteiro.

7. Carrapato: parasita silencioso e vetor de doenças

O carrapato é um dos principais inimigos do produtor de leite, pois é responsável por perdas produtivas e transmissão de doenças graves como a tristeza parasitária bovina. Os sintomas incluem anemia, perda de peso, feridas e pelagem opaca. O parasita se espalha pelo contato dos animais com pastagens ou bebedouros contaminados.

O manejo integrado de parasitas é a chave para o controle dessa doença do gado. Isso inclui rotação de pastagens, inspeção frequente dos animais e, quando necessário, o uso de produtos carrapaticidas sob orientação técnica. Tratar infestações no início reduz o risco de doenças secundárias e melhora o bem-estar dos animais.

 

 

8. Tristeza parasitária bovina: impacto nos índices produtivos

A tristeza parasitária bovina compreende doenças como babesiose e anaplasmose, transmitidas principalmente pelo carrapato. Os sinais envolvem anemia, febre, icterícia, perda acelerada de peso e urina escura. Bezerros e animais debilitados são mais sensíveis às complicações.

A prevenção passa pelo controle rigoroso do carrapato, vacinação do rebanho segundo orientação técnica e redução do estresse dos animais por meio de manejo adequado. O tratamento exige diagnóstico rápido e uso de medicamentos veterinários sob supervisão veterinária.

9. Tuberculose bovina: riscos sanitários e controle do rebanho

A tuberculose bovina é uma doença crônica causada pelo Mycobacterium bovis, prejudicando a saúde e a produtividade do gado leiteiro. Os sintomas mais comuns são tosse persistente, emagrecimento progressivo e queda na produção de leite. A transmissão ocorre pelo contato direto entre animais ou pela ingestão de alimentos e água contaminados.

O risco para seres humanos existe e merece atenção. Para evitar a doença, adquira animais de procedência confiável, mantenha o ambiente limpo e realize testes periódicos no rebanho. Caso haja diagnóstico positivo, faça o descarte do animal conforme orientação das autoridades sanitárias.

10. Diarreia neonatal: como proteger os bezerros recém-nascidos

A diarreia neonatal acomete bezerros nos primeiros dias de vida e está entre as principais causas de mortalidade na pecuária leiteira. Os agentes responsáveis são vírus, bactérias e protozoários como E. coli e rotavírus. Os sintomas envolvem fezes líquidas, desidratação, fraqueza e perda de apetite.

A transmissão está associada ao contato com ambientes contaminados e à ingestão de colostro de baixa qualidade. Para proteger os bezerros, mantenha o manejo higiênico durante o parto, ofereça colostro de qualidade e garanta limpeza das instalações. Nos casos graves, o tratamento é feito com reidratação oral e assistência veterinária imediata.

Cuide da saúde do rebanho e garanta produtividade

A saúde animal é o maior patrimônio do produtor. Identificar rapidamente sintomas de doença em vacas e tomar medidas eficazes de prevenção de doenças em rebanho evita prejuízos e mantém a produtividade do gado. Invista em manejo sanitário, vacinação e acompanhamento veterinário regular. Não deixe pequenas falhas comprometerem toda a sua produção.

Cuide do seu rebanho leiteiro com seriedade. Consulte sempre um profissional de confiança para saber mais sobre a doença do gado e mantenha o seu sempre saudável com uma nutrição de qualidade, pronto para superar os desafios da pecuária moderna. Acesse o site da Agroline a aproveite as soluções!

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