O Rio Grande do Sul ocupa posição de destaque na pecuária de corte nacional, sendo referência em qualidade de carne e genética bovina adaptada ao clima temperado. Para o produtor rural gaúcho que busca rentabilidade e eficiência, compreender as principais raças de gado de corte no estado é fundamental.

Este guia apresenta as características, vantagens e desafios das melhores opções, além de dicas práticas para valorizar a bezerrada e atender a mercados exigentes. Continue sua leitura e descubra!

1. Aberdeen Angus

O Angus se consolidou como símbolo do gado de corte premium no Brasil, com destaque para o estado do Rio Grande do Sul, devido à precocidade, eficiência alimentar e marmoreio superior. Sua genética permite produzir novilhos jovens, com carcaças valorizadas e padronização exigidas por frigoríficos e programas de qualidade.

Adaptado a pastagens frias e extensas, o Angus proporciona excelente rendimento, mas exige atenção especial ao controle de carrapatos, pois apresenta menor resistência natural a esses parasitas. Estratégias integradas de manejo sanitário e monitoramento constante são fundamentais para manter a saúde e o desempenho do rebanho.

O Angus é indicado para sistemas que priorizam acabamento de carcaça, padronização e acesso a mercados gourmet, elevando o valor da bezerrada e favorecendo a rentabilidade do produtor.

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2. Hereford

Entre as tradicionais raças europeias, o Hereford destaca-se pela rusticidade e excelente adaptação às condições do pampa gaúcho. Sua habilidade para manter bom escore corporal durante o inverno, mesmo sob manejo extensivo, é um diferencial importante para a longevidade produtiva e o controle de custos.

O Hereford apresenta fertilidade acima da média, com habilidade materna notável, o que facilita a reposição do rebanho e reduz perdas. A carne produzida é reconhecida pela maciez e sabor marcante, atendendo nichos gourmet e mercados de alto padrão.

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3. Braford

Originado do cruzamento entre Hereford e Brahman, o Braford reúne rusticidade, resistência ao calor e aos parasitas, aliados à qualidade de carne das raças taurinas europeias. Essa combinação tornou o Braford uma das principais escolhas da pecuária gaúcha.

O Braford destaca-se por sua adaptabilidade a diferentes ambientes e pelo elevado ganho de peso. Apresenta alta fertilidade, excelente habilidade materna e simplifica o manejo sanitário, sendo ideal para propriedades que buscam produtividade sem abrir mão da qualidade exigida pelo mercado frigorífico.

A versatilidade do Braford permite sua utilização em sistemas extensivos ou intensivos, garantindo retorno econômico consistente ao produtor.

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4. Brangus

O Brangus resulta da combinação entre Angus e Brahman, unindo a qualidade de carne dos taurinos à rusticidade dos zebuínos. No Rio Grande do Sul, essa genética é valorizada pela facilidade de acabamento, precocidade sexual e alta habilidade materna.

A adaptabilidade do Brangus a diferentes sistemas de produção e variações climáticas o torna opção versátil para rebanhos mistos e propriedades de médio a grande porte. O desempenho no campo é satisfatório, com bom ganho de peso e facilidade na comercialização de bezerros.

O Brangus responde à crescente demanda por programas de carne de qualidade e representa uma alternativa estratégica para produtores que buscam flexibilidade no manejo e valorização dos animais.

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5. Charolês

O Charolês é reconhecido pelo porte avantajado, elevado ganho de peso e produção de bezerros híbridos de alto valor no cruzamento industrial. Essa raça tem rendimento de carcaça acima da média, fornecendo carne macia e suculenta, apreciada no mercado premium.

O Charolês exige programas sólidos de suplementação mineral e atenção ao escore corporal, especialmente no inverno, para manter a produtividade. Em sistemas intensivos ou de terminação, cumpre as expectativas dos produtores que buscam incremento rápido do plantel. A força do Charolês no cruzamento industrial é notória, resultando em bezerros valorizados e excelente retorno financeiro.

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6. Devon

O Devon é uma raça histórica no Rio Grande do Sul, reconhecida pela rusticidade e aptidão para sistemas de campo nativo. Sua carne apresenta excelente marmoreio e rendimento de cortes nobres, sendo procurada por mercados diferenciados.

Animais da raça Devon adaptam-se bem a diferentes manejos e têm baixo índice de problemas reprodutivos. O acompanhamento nutricional é fundamental, especialmente nos períodos de restrição alimentar, como o inverno, para evitar queda de produtividade.

A tradição do Devon se mantém viva em leilões e propriedades gaúchas, sendo uma escolha consistente para quem busca carne de excelência e resistência animal.

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Pecuária gaúcha: clima, bioma e diferenciais do gado de corte

O clima subtropical do Rio Grande do Sul, com verões amenos e invernos rigorosos, influencia profundamente o perfil do gado de corte. O bioma Pampa, típico do estado, apresenta campos nativos e gramíneas que favorecem raças europeias, conhecidas pelo alto padrão de qualidade da carne, rusticidade e boa adaptação ao frio.

Diferentemente do Centro-Oeste, onde predominam raças zebuínas, o Rio Grande do Sul valoriza raças taurinas devido à sua capacidade de produção em ambientes com temperaturas mais baixas. No entanto, a rusticidade animal é constantemente testada pela presença de parasitas, como o carrapato do gado, e pela necessidade de suplementação mineral, especialmente durante o inverno, quando o pasto perde qualidade.

Esses fatores tornam essencial a escolha de raças que conciliem bom desempenho produtivo, resistência sanitária e capacidade de adaptação ao clima e ao manejo extensivo.

Desafios sanitários e nutricionais das raças europeias no RS

Raças de origem europeia, como Angus, Hereford e Devon, apresentam sensibilidade ao carrapato e demandam manejo preventivo rigoroso. A escolha de antiparasitários eficazes e a implementação de calendários de controle integrado mitigam prejuízos sanitários e mantêm a produtividade do rebanho.

Durante o inverno, a queda na qualidade das pastagens exige suplementação mineral específica, assegurando ganho de peso e manutenção do escore corporal. Investir em tecnologias de manejo, como cochos cobertos e minerais adaptados ao frio, pode ser decisivo para o sucesso do plantel.

A atenção constante à saúde animal, aliada à escolha de raças adequadas ao clima gaúcho, contribui para valorização da produção e estabilidade financeira da propriedade. Por isso, certifique-se de adquirir produtos veterinários de qualidade e que prezam pela saúde do animal. Nós da Agroline oferecemos soluções completas para o manejo diário. Aproveite!

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