7 benefícios do hormônio HCG na reprodução equina

A reprodução equina é uma etapa estratégica para haras e criadores que buscam excelência genética e produtividade. Com os avanços nos protocolos hormonais, o uso da gonadotrofina coriônica humana, conhecida como HCG, tem se consolidado como um dos principais aliados na indução da ovulação, na sincronização do ciclo reprodutivo e na melhoria das taxas de concepção.

O medicamento Chorulon 5.000 UI é uma das opções mais reconhecidas no mercado para aplicações veterinárias. Utilizado em programas de reprodução assistida, ele garante previsibilidade, controle e eficiência aos manejos reprodutivos em campo.

A seguir, listamos os 7 principais benefícios do hormônio HCG na reprodução equina, com explicações detalhadas sobre como sua aplicação pode transformar os resultados reprodutivos de éguas em diferentes contextos.

1. Indução precisa da ovulação

A utilização do HCG permite uma indução de ovulação com horário previsível, geralmente ocorrendo entre 36 e 42 horas após a administração. Esse intervalo é fundamental para quem trabalha com inseminação artificial, especialmente quando se utiliza sêmen congelado, que apresenta uma janela fértil mais curta e exige precisão no momento da ovulação.

Essa previsibilidade reduz o número de manejos necessários, diminui o custo com monitoramento ultrassonográfico contínuo e aumenta as chances de sucesso na concepção, evitando, também, possíveis doenças em equinos. Quando comparado à ovulação espontânea, o uso do HCG permite melhor planejamento, otimizando os recursos humanos e reprodutivos da propriedade.

Essa indução também é essencial em éguas que apresentam ciclos irregulares ou não ovulam de maneira sincronizada com os demais manejos programados.

2. Sincronização eficiente entre éguas

Nos programas de reprodução que envolvem múltiplas fêmeas, a sincronização do ciclo estral é uma das etapas mais relevantes para garantir o sucesso das inseminações ou da transferência de embriões.

O HCG é incluído em protocolos hormonais para alinhar o estágio do ciclo reprodutivo entre éguas doadoras e receptoras, o que facilita a execução das biotécnicas reprodutivas. Com o auxílio do HCG, torna-se possível programar datas fixas para a ovulação de várias fêmeas, reduzindo o intervalo entre manejos e otimizando o calendário reprodutivo.

Essa sincronização também pode proporcionar maior controle sobre o uso do sêmen, além de permitir melhor aproveitamento da equipe técnica envolvida no processo. Em transferências de embriões, por exemplo, a compatibilidade entre a fase do ciclo da doadora e da receptora é fundamental, e o HCG contribui diretamente para essa compatibilidade.

3. Estímulo à formação do corpo lúteo e produção de progesterona

Após a ovulação, o folículo dominante sofre luteinização, transformando-se em corpo lúteo, estrutura responsável pela produção de progesterona. O HCG possui ação luteotrópica, ou seja, estimula diretamente essa conversão e, consequentemente, o aumento da produção de progesterona no organismo da égua.

Esse hormônio é indispensável para a manutenção da gestação, ao preparar o endométrio para receber o embrião e garantir um ambiente uterino estável. Saber cuidar corretamente de equinos no verão, principalmente éguas com baixa produção de progesterona ou histórico de perda gestacional precoce, faz toda a diferença. O uso do HCG pode representar, inclusive, a diferença entre uma gestação bem-sucedida e a perda embrionária.

Ao favorecer a formação de um corpo lúteo funcional, o HCG contribui com a estabilidade hormonal nas fases iniciais da prenhez, reduzindo a necessidade de tratamentos adicionais com progestágenos.

4. Melhoria no ambiente uterino para implantação embrionária

A qualidade do ambiente uterino é determinante para o sucesso da gestação. Um útero receptivo, com níveis hormonais equilibrados e estrutura endometrial adequada, aumenta significativamente as chances de implantação do embrião.

O HCG, ao estimular a produção de progesterona, também atua na preparação do útero, promovendo o espessamento do endométrio e a modulação da resposta imune local.

A ação do HCG ajuda no fechamento cervical, protegendo o útero contra infecções, ajudando a manter a gestação nas fases iniciais. Esses fatores tornam o hormônio uma ferramenta relevante em protocolos de transferência de embriões, principalmente em éguas receptoras que precisam de condições ideais para acolher o embrião da doadora.

A aplicação correta do HCG auxilia na manutenção do tônus uterino, na secreção de nutrientes pelo endométrio e na preparação do útero para a implantação e o desenvolvimento embrionário.

5. Tratamento de distúrbios reprodutivos

O HCG também é utilizado como recurso terapêutico em éguas que apresentam distúrbios no ciclo reprodutivo, como anestro persistente, folículos hemorrágicos e cistos ovarianos. Esse é um dos benefícios do hormônio HCG na reprodução equina em quadros clínicos que dificultam o processo de ovulação e afetam diretamente a fertilidade da fêmea.

Com sua ação semelhante à do hormônio luteinizante (LH), o HCG pode restaurar o funcionamento normal dos ovários, induzindo a ovulação em éguas com dificuldades reprodutivas. Essa atuação ajuda a reduzir o tempo necessário para que a égua volte a ciclar e esteja apta para inseminação ou cobertura.

6. Otimização da inseminação com sêmen congelado

O sêmen congelado oferece maior flexibilidade logística, mas exige precisão no momento da inseminação em equinos. Isso porque sua viabilidade é mais curta em relação ao sêmen fresco ou refrigerado, tornando a sincronização com a ovulação um fator decisivo para o sucesso da fertilização.

O HCG se destaca nesse cenário por proporcionar uma indução previsível da ovulação, o que permite programar a inseminação artificial com exatidão. Esse sincronismo maximiza as chances de fecundação e melhora os índices de prenhez, especialmente em éguas de alto valor genético ou em situações em que o número de doses disponíveis do garanhão é limitado.

7. Redução do intervalo entre partos

Manter uma boa taxa de prenhez ao longo dos ciclos reprodutivos é fundamental para reduzir o intervalo entre partos e, com isso, aumentar a produtividade do plantel. O uso estratégico do HCG contribui para esse objetivo ao permitir que a égua retome o ciclo fértil mais rapidamente após o parto e que a ovulação ocorra de maneira controlada.

Essa redução no intervalo entre coberturas melhora o aproveitamento reprodutivo da fêmea, garantindo um número maior de potros ao longo de sua vida fértil. Ao evitar falhas na concepção por ovulações irregulares ou distúrbios hormonais, o criador otimiza recursos financeiros e o tempo de uso do plantel. A administração de HCG em protocolos pós-parto também pode ser empregada para antecipar o retorno ao estro, preparando a égua para uma nova gestação com segurança.

O hormônio HCG é um dos pilares dos programas de reprodução e inseminação em animais. Sua versatilidade, quando associada a medicamentos como o Chorulon, permite que veterinários e criadores conduzam o manejo reprodutivo com mais precisão, previsibilidade e segurança.

Para criadores que desejam melhorar os índices de fertilidade, reduzir perdas gestacionais e aumentar a eficiência produtiva, o uso do HCG, por meio de produtos como o Chorulon 5.000 UI, é uma solução prática e acessível. Nesse momento, o acompanhamento técnico de um médico veterinário é indispensável para garantir a correta aplicação dos protocolos hormonais e extrair o máximo potencial reprodutivo das éguas.

Agora que você já sabe quais são os benefícios do hormônio HCG na reprodução equina, acesse nosso post sobre como escolher o melhor capim para equinos e não erre mais na hora de alimentar os seus animais!

Referências:

BLANCO, Ieda Dalla Pria. Efeito do tratamento com extrato de pituitária equina (EPE) e hCG no índice de recuperação de oócitos e maturação folicular em equinos. 2008. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, 2008. Acesso em: 11 abr. 2025.
ESCOLA DO CAVALO. Vantagens da hormonioterapia na reprodução equina. Portal Escola do Cavalo, 28 set. 2015. Acesso em: 11 abr. 2025.
MARINHO, A. L. M.; SOCOLOSKI, S. N. G.; GOMES, S. C.; SANTOS, R.; CASTRO, B. G. Hormonioterapia em éguas. Scientific Electronic Archives, v. 8, n. 2, p. 86-91, jun. 2015. Acesso em: 11 abr. 2025.