No Brasil, os equinos são largamente utilizados em diversos setores: transporte de carga, montaria, hipismo, corrida, trabalho no campo, passeio, equiterapia e muito mais. Para atender às exigências de cada uma dessas atividades, o nosso país desde sempre importou – e segue importando – diferentes raças com aptidões distintas.
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Seja você um fazendeiro, atleta ou apenas um entusiasta do mundo dos equinos, conhecer essas variações é tão essencial para o dia a dia quanto fascinante. Por isso, acompanhe a leitura do guia preparado pela Agroline com as principais raças de cavalo criadas no Brasil, suas características e aplicações:

1. Appaloosa

O Appaloosa é uma raça americana que produz animais conhecidos como “cavalo pintado“, o que é uma clara referência a sua pelagem de padrão manchado. É criada no Brasil desde a década de 60 e pode ser usado para sela, hipismo rural, lida de gado, corrida plana, corrida de curta distância e até mesmo lazer.

Características: porte médio (macho com 1,52m e fêmea com 1,50m), extremidades ósseas estreitas, estrutura musculosa, marcha reta, natural, baixa e harmoniosa, rústico, ágil, dócil, resistente e veloz.

2. Campolina

Essa raça nasceu a partir de uma competição de cavalhada, uma famosa representação folclórica da batalha entre mouros e cristão brasileiros. O fazendeiro Cassiano Campolina, ao perder a competição, decidiu criar cavalos mais altos, fortes e de bom andamento para ter vantagem nas futuras disputas, e é aí que nasceu o cavalo Campolina multitarefas de lazer, esporte e trabalho.

Características: porte grande e delicado, cabeça seca, perfil quase retilíneo, pescoço musculoso, crinas sedosas e cheias, força muscular, garupa ampla, ágil e cavalgadura suave e com pouco solavancos.

3. Bretão

O Bretão é uma raça desenvolvida na França, na região da Bretanha. Seus animais são considerados de tração e, por isso, são encontrados em atividades militares, agrícolas e de transporte. Outra vantagem é que o Bretão é uma das raças com maior conversão alimentar – que tal ver como escolher o melhor capim para cavalos e aproveitar ainda mais esse traço do equino?

Características: cabeça bem proporcionada, ombros longos, peitoral forte, pernas curtas e poderosas, cascos reforçados cobertos por plumagem, pescoço curto, porte de 1,55m a 1,63m, pelagem alazã ou castanha, crina e rabo de coloração clara, passo tranquilo, constante e alongado, adaptável e rústico.

4. Lusitano

De origem portuguesa, a raça Lusitano nasceu de cruzamentos com os cavalos berberes, que por sua vez vem da raça Sorraia e Árabe. Montado há mais de 5 mil anos, o Lusitano é considerado o mais antigo cavalo de sela do mundo e é muito versátil: pode ser usado em práticas de hipismo, tourada, cavalgada e quitação de trabalho.

Características: ágil, elevado, dócil, voluntário, temperamento submisso, elegante, robusto, atlético, tração ligeira, porte médio a alto (1,52m a 1,62 m), peso de 500kg distribuído de forma arredondada e pelagem tordilha ou castanha.

5. Mangalarga

O Mangalarga vem do cruzamento das raças Alter, Árabe e Andaluz, todas originadas da Península Ibérica. O objetivo dessa tripla inseminação artificial era criar um animal de características fortes e marcantes, o que com certeza foi bem sucedido.

Apesar de ter vindo primeiro para o sul de Minas Gerais, se espalhou rapidamente por São Paulo – hoje, é até conhecida como Mangalarga Paulista.

A raça tem uma altura média da raça de 1,55m e é conhecida por sua marcha trotada que mantém um tempo ilimitado de suspensão de apoios, que é quando o cavalo fica sem qualquer contato com o chão. Por conta disso, o Mangalarga produz cavalos de sela altamente aproveitados em esportes hípicos e em trabalhos em fazendas.

Características: cabeça de perfil reto ou subconvexo, pescoço de comprimento médio, olhos grandes, membros fortes, tendões nítidos, andamento diagonal e bipedal de dois tempos impecável, ágil, dócil e bom para sela.

6. Mangalarga Machador

Ao ser largamente importado para o estado de São Paulo, os cavalos Mangalarga acabaram se adaptando à topografia de cerrado e exigências da região, o que não agradou seus criadores mineiros. Em Minas Gerais, por conta do solo acidentado, preferia-se a marcha picada ao invés da trotada paulista, de forma que foi exigida uma diferenciação entre as duas raças.

O Mangalarga Marchador é o famoso “cavalo de fazendeiro”, o que significa que sua marcha é confortável o suficiente para que o cavaleiro possa percorrer terrenos difíceis sem se incomodar. Ou seja, apesar de receber o mesmo nome que o Mangalarga Paulista, essa raça mineira tem uma utilidade completamente diferente.

Características: marcha tripedal e regular, dificuldade em galopar, extremamente forte, percorre vários quilômetros sem se cansar, inteligente, tem temperamento ativo, tão dócil que pode ser manejado por todas as faixas etárias, rústico e adaptável a diferentes climas e regimes.

7. Nordestino

Também conhecido como Cavalo Crioulo Nordestino, Mourão, Cavalo Sertanejo do Nordeste e Cavalo Pé Duro Nordestino, essa é uma raça claramente brasileira. Sua origem se deu através do cruzamento entre as raças Berbere do Norte da África e Someia e Garrano, de Portugal e da Espanha.

Essa genética desenvolveu cavalos extremamente resistentes à escassez de alimentos, falta de água e climas diversos, além de possuírem um “pé duro” que não exige o auxílio de ferraduras. Apesar disso, com o aparecimento de novas raças no cenário, a Nordestina entrou em extinção.

Em 2013, Associação Equestre e de Preservação do Cavalo Nordestino (AEPCN) registrou apenas 16 animais com todas as característica originais da raça preservadas na região de Cariri, no Ceará. Os criadores e entusiastas da raça seguem investindo em sua preservação.

Características: musculatura forte e definida, porte médio (1,30m de garupa e de 1,45 a 1,55m de cernelha), rústico, grande adaptabilidade, cascos bem duros e um andamento de mancha confortável.

8. Pampa

Originado das raças brasileiras Campolina, Crioulo, Mangalarga e Mangalarga Marchador, o Pampa é um cavalo de sela muito procurado em passeios, turismo equestre, enduros e cavalgadas. A característica mais marcante é a sua bela pelagem malhada que cativa públicos de todas as faixas etárias e torna o seu valor altíssimo no mercado internacional.

Características: pelagem manchada nas cores branco, castanho escuro ou preto, pelos finos, porte médio a grande, musculatura forte e proporcional, ossos e articulações bem resistentes, dóceis, corajosos, marcha ágil e energético.

9. Quarto de Milha

O Quarto de Milha vem do cruzamento de cavalos ingleses, espanhóis, indígenas (mustangues) e ibéricos. Os primeiros animais foram levados aos Estados Unidos, que é onde a raça se desenvolveu e aprimorou a sua estrutura compacta e musculosa e a sua capacidade de correr curtas distâncias em alta velocidade. Pode ser aproveitado tanto em competições equestres quanto para transportar cargas em fazendas.

Características: dócil, fácil de adestramento, veloz, arranque ágil, inteligente, forte, porte médio a grande (1,52 m e 1,62m), cabeça curta e triangular, mandíbula grande, pescoço para frente, orelhas pequenas e bem distanciadas, narinas grandes e focinho pequeno.

10. Akhal-Teke

Uma das raças mais antigas do mundo, a Akhal-Teke é de origem turcomena e carrega uma reputação de ser resistente a condições climáticas extremas (confira como cuidar dos cavalos no verão).

No entanto, essa não é a razão pela qual a ração é famosa: seus 6.600 animais espalhados pelo mundo são conhecidos como “cavalos de ouro“, devido a sua pelagem extremamente brilhante.

Características: veloz, resistente, inteligente, pelagem metalizada, dourada e brilhante, pequeno a médio porte (1,47m a 1,63m), cabeça fina de perfil retilíneo ou convexo, olhos amendoados, orelhas longas e corpo fino.

E então, gostou de conhecer mais sobre as principais raças de equinos do Brasil? Independente de qual você prefira, a leitura do nosso post sobre a limpeza e os cuidados especiais de cavalos é essencial para garantir a saúde dos seus companheiros de competição ou trabalho. Confira!