As principais raças de gado de corte são Nelore, Angus e Charolês. Contudo, existem várias outras e sua criação dependerá de condições ambientais como: o confinamento, a nutrição animal, as instalações e o investimento na propriedade. Vamos te explicar melhor cada um desses pontos.

Além disso, você conhecerá mais sobre os principais bovinos, que são criados para o abate. Afinal, independentemente se você é um criador experiente ou quer iniciar na pecuária de corte agora, sempre é bom se manter atualizado e conhecer o que há de mais novo no mercado.

Dessa maneira, acompanhe a leitura e clique nos botões ao lado para compartilhar. Assim mais pessoas ficarão informadas sobre esse tópico importante da pecuária nacional!

Quais as principais raças de gado de corte?

As principais raças de gado de corte são: nelore, brahman, hereford, caracu, charolês e wagyu. Cada uma delas tem suas particularidades de criação. Veja quais são as principais características de cada uma dessas especialidades:

Nelore

O Nelore é originário da Índia e chegou ao Brasil para melhorar o gado existente por aqui. Atualmente, estima-se que os animais dessa raça correspondam a 80% do rebanho de corte nacional. Isso acontece principalmente na região central do nosso país.

Eles têm um bom desenvolvimento e bom rendimento nas propriedades do Brasil. O gado nelore é direcionado exclusivamente para a produção de carne e vários pecuaristas recorrem a ele devido à sua resistência a parasitas, temperaturas e saúde dos bezerros.

Angus

O boi Angus ou Aberdeen Angus é outra das raças mais conhecidas do nosso país. Esses animais têm grande destaque nos mercados de carne nacional e internacional. Isso acontece devido à qualidade natural da carne dessa raça. Apesar de se adaptar melhor ao clima do Rio Grande do Sul, é possível encontrar rebanhos produtivos em outras regiões do Brasil.

A carne do boi Angus apresenta um grande marmoreio — a gordura intramuscular. Além disso, outros fatores que implicam no sucesso da raça são: a alta fertilidade, facilidade do parto e, é claro, o ótimo retorno financeiro aos produtores.

Brahman

Essa é uma raça criada a partir do cruzamento de vários outros tipos de rebanho, por exemplo, o Guzerá, Gir e Nelore. As seleções resultaram no Brahman, a qual é uma raça de animais tolerante ao calor, à umidade, parasitas, bicheiras e algumas doenças!

O Brahman é uma raça com uma ótima qualidade de carne e é muito bem adaptada ao clima do Brasil. Além disso, costumam dar bons retornos financeiros aos produtores, tanto na reprodução quanto na produção de carne.

Hereford

Quem busca uma raça com praticidade de manejo pode recorrer ao Hereford. Ele é conhecido com o rebanho básico. Afinal, se adaptam muito bem às diversas condições climáticas, não têm chifres — são mochos — e bastante dóceis. O que os torna bons candidatos para o confinamento de gado.

Por sua vez, a fertilidade, a longevidade e eficiência alimentar são elevadas. O que aumenta os rendimentos do rebanho como um todo. Outro destaque dos Hereford é a boa capacidade de engorda, na qual a média para chegar ao peso ideal do abate é de, aproximadamente, 26 meses.

Caracu

A raça Caracu é uma das mais antigas presentes no Brasil. Ela está por aqui desde o período colonial e, após anos criados sob condições adversas, os animais dessa raça são rústicos, resistentes e rentáveis para vários perfis de criadores.

Além disso, há quem prefira usar o caracu em cruzamento de outras raças. Isso é feito para aumentar a resistência e a rusticidade de outros animais. Outros pontos de destaque são: a facilidade no parto e o casco que lida bem com terrenos duros e encharcados.

Aqui no nosso blog sempre publicamos conteúdos de dicas para o pecuarista, sabia? Por exemplo, veja mais sobre a raça Guzerá!

Charolês

O boi Charolês foi desenvolvido para fornecer uma excelente qualidade e sabor. Além disso, os animais dessa raça também são usados como tração, devido à sua força física e peso elevado.

Por ter um bom rendimento no pasto e no confinamento, a raça Charolês é bastante conhecida pela precocidade nos abates e no cruzamento. O destaque desse boi fica pelo grau de marmoreio e a baixa capa de gordura da carne.

Wagyu

A raça Wagyu ficou famosa pela carne cheia de marmoreio e a maciez da carne. Isso acontece devido à grande capacidade de conversão alimentar do animal. Ela tem uma grande capacidade de depositar gordura entre as fibras musculares.

Atualmente, a carne do boi Wagyu é uma das mais valorizadas do mundo. Apesar disso, ela é ainda pouco explorada na pecuária brasileira e tem muito potencial que ainda não foi aproveitado por aqui.

Você gostou de entender mais sobre o rebanho de corte? Nós temos um post completo com as principais raças de gado do Brasil. Aproveite e leia-o também!

Como criar gado de corte?

Os primeiros passos para criar gado de corte é escolher a raça e investir em cuidados de manejo. Veja quais são as etapas na criação do gado de corte!

1. Defina a raça

Assim como acontece com o gado leiteiro, a escolha da raça do rebanho de corte precisa considerar as condições ambientais. Para isso, o pecuarista precisa levar em conta o clima, a rusticidade dos animais etc.

De modo geral, o gado de corte é composto por animais rústicos, com menos exigência nutricional e maior resistência às doenças.

2. Invista em melhoramento genético

Investir em melhoramento genético é fundamental para a melhora na produção do gado de corte. Por esse motivo, os criadores precisam recorrer a cruzamentos específicos a fim de aumentar os retornos financeiros da fazenda.

Um dos melhores exemplos disso é o investimento em inseminação artificial em tempo fixo, o IATF. Em todos os casos, lembre-se de consultar sempre um veterinário de confiança, que falaremos melhor daqui a pouco.

3. Entenda sobre as fases de criação

Os bovinos de corte são criados em três etapas. Veja quais são

  • Cria: vai até a desmama do bezerro — até os 8 meses — e deve prevenir doenças e visa reduzir a mortalidade dos animais.
  • Recria: busca o desenvolvimento do animal para que ele melhore os ganhos genéticos. É fundamental para garantir a finalização da cria e o bom início do processo de engorda.
  • Engorda: é a fase final da criação do gado de corte. Os bovinos são submetidos a uma alimentação específica e devem ganhar o peso ideal para o abate.

A partir da compreensão dessas três etapas, o pecuarista deve cuidar do manejo nutricional dos animais.

4. Dê atenção ao manejo nutricional

O gado de corte necessita de uma alimentação planejada para extrair o máximo rendimento e lucratividade do seu rebanho. Para isso, além de conhecer as vantagens do melhoramento genético e dar a quantidade de comida ideal, o criador precisa entender qual a necessidade de nutrientes dos animais.

Para isso, lembre-se de ter a consultoria de um especialista em nutrição animal. O profissional será responsável por elaborar uma dieta e indicar os suplementos alimentares para os seus bovinos.

5. Cuide das instalações

A boa manutenção das instalações na sua fazenda trará frutos positivos à qualidade da carne. Além disso, prevenirá doenças e contaminações, as quais podem trazer riscos e prejuízos a toda sua produção.

A forma de cuidado das instalações vai muito além da higiene básica. Ela implica, inclusive, na escolha entre os métodos de criação para bovinos: Extensivo, Semi-intensivo e Intensivo.

6. Planeje os gastos

Convenhamos que ninguém gosta de surpresas financeiras desagradáveis. Contudo, a gestão dos investimentos na fazenda precisa levar em conta algumas emergências que podem surgir.

Por esse motivo, é fundamental ter uma reserva para essas casualidades. Isso faz parte da visão empreendedora, que falaremos melhor no tópico a seguir.

Aproveite para ler sobre os melhores métodos de identificação de bovinos!

7. Trate sua fazenda como uma empresa

Entender que a fazenda é uma empresa pode ajudá-la a prosperar. Assim como qualquer atividade econômica, é preciso ter uma gestão que engloba planejamento, organização, direção e controle.

Por exemplo, o contato frequente com profissionais específicos pode reduzir custos e criar parcerias duradouras. Esse é o caso dos veterinários e zootecnistas, que mencionamos anteriormente.

Outro ponto que o pecuarista deve se atentar é no aperfeiçoamento. Seja ele do próprio fazendeiro ou da equipe de colaboradores. Isso garante que a tecnologia usada na criação seja a melhor possível e, consequentemente, o posicionamento de mercado da sua produção será melhor.

Como você viu, conhecer bem quais são as principais raças de gado de corte é fundamental para a criação. Contudo, outros pontos devem ser levados em consideração, como as fases da criação, o investimento em IATF e o aprimoramento das técnicas de manejo usadas na fazenda. Isso vai garantir que os lucros e retornos sejam melhores e maiores, é claro.

Os cuidados com o gado de corte vão desde o nascimento do bezerro até o momento do abate. Isso engloba desde cuidados como a prevenção de doenças e eliminação de pragas. Por esse motivo, veja os melhores produtos para acabar com carrapato no rebanho e cuide dos seus animais!