A inseminação artificial em bovinos está presente no mercado agropecuário desde os anos 1970. Essa técnica deve ser feita apenas por um inseminador capacitado. Ela vem sendo aprimorada a cada dia com objetivo de apresentar resultados cada vez mais positivos aos pecuaristas e seus negócios. Atualmente, há muita tecnologia e ciência envolvidas nesse processo.

A prova disso foi a criação da inseminação artificial em tempo fixo, conhecida também como IATF. Essa técnica possibilita um aumento significativo na produção de leite e produtos advindos do gado. O mais importante de tudo é que se trata de um método não prejudicial à saúde dos animais.

Como a inseminação artificial bovina deve ser feita apenas por um inseminador devidamente certificado, te explicaremos mais sobre os principais aspectos da técnica. Por aqui você vai entender o que é, os prós e contras, o que é necessário, quem pode fazer e muito mais. Confira!

O que é inseminação artificial em bovinos?

A inseminação artificial em bovinos é uma técnica de fertilização na qual o sêmen é depositado no útero da vaca no cio. Isso é feito sem a presença do macho, ou seja, de uma forma diferente do “convencional”. O método pode ser aplicado tanto em gado de leite quanto no rebanho de corte.

Os principais objetivos da inseminação artificial são: aumentar a eficiência reprodutiva e melhorar a genética do rebanho. Para isso, os pecuaristas podem recorrer a muita tecnologia nesse processo, que entraremos em detalhes daqui a pouco.

Qual o valor da inseminação artificial em bovinos?

O custo médio da inseminação artificial em bovinos gira em torno de R$ 40,00 e R$ 80,00 por animal. Esse valor pode variar muito e depende, por exemplo, do tipo de protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), o valor do sêmen escolhido, capacitação do profissional etc.

Outros pontos que influenciam no valor final de todo o processo de inseminação artificial são a região do país, quantidade de gado e facilidade de acesso aos equipamentos necessários para a inseminação artificial bovina.

Como funciona a inseminação artificial bovina?

O funcionamento básico da inseminação artificial bovina acontece por meio do depósito de sêmen de touro dentro do útero de uma vaca no cio. Esse processo é feito por um ser humano e com equipamentos específicos para a técnica, como mostra o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Para isso, os pecuaristas interessados nessa modalidade reprodutiva devem ter à mão bons métodos de identificação bovina, a fim de acompanhar o cio de todas as vacas e novilhas. Além disso, é preciso ter o acompanhamento de profissionais da zootecnia e veterinária especialistas em reprodução.

Quem pode fazer inseminação artificial em bovinos?

A inseminação artificial deve ser feita apenas por um profissional devidamente capacitado e certificado com um curso específico da área. Além disso, o inseminador deve cuidar da higiene, conservação do sêmen e bem-estar dos animais envolvidos no processo.

Essas práticas são fundamentais para o sucesso do processo de inseminação artificial nos bovinos. Além disso, é preciso acompanhar os períodos de cio dos animais ou estimulá-los, caso a técnica usada seja o IATF.

O que precisa para fazer inseminação artificial em bovinos?

Para que o processo de inseminação em vacas seja feito de forma adequada, é preciso considerar alguns detalhes durante a inicialização da inseminação artificial em bovinos em seu rebanho. Entre eles estão: a verificação do cio, os materiais necessários, cuidados de higiene e temperatura. Veja mais:

1. Verificação do cio

O primeiro passo é observar na ficha da fêmea se ela pode ser inseminada. Além disso, deve-se conferir o nome do touro a ser utilizado para a inseminação. De modo geral, vacas que têm o cio na parte da manhã devem ser inseminadas na parte da tarde. Se o cio acontece no período vespertino, o processo deve acontecer na manhã seguinte.

2. Materiais necessários

Em seguida, chega o momento de separar o material necessário para o procedimento:

  • Botijão de nitrogênio líquido;
  • Sêmen;
  • Luvas descartáveis;
  • Bainhas descartáveis;
  • Aplicadores;
  • Termômetro;
  • Cortadores de palhetas;
  • Pinça e tesoura;
  • Papel para a limpeza — toalha ou higiênico;
  • Garrafa térmica;
  • Descongelador de sêmen.

3. Higiene do animal

Então, chega o momento de higienizar a fêmea. Para isso, é preciso fazer um rápido exame. É necessário analisar se a secreção está clara (com a mesma aparência de uma clara de ovo) antes de continuar com a prática.

Nesse estágio o inseminador deve fazer o exame do colo uterino: o cérvix.

Por falar em higiene, sabia que aqui no nosso blog nós temos vários conteúdos que vão te auxiliar na criação do seu rebanho? Por exemplo, confira nosso post sobre os cuidados para evitar carrapato na sua propriedade!

4. Cuidados com o sêmen

O sêmen deve ser conservado em nitrogênio líquido. Porém, ele precisa estar descongelado para a inseminação. Nesse caso, é fundamental deixá-lo em água entre 35°C e 37°C durante 30 segundos para atingir a temperatura ideal. O processo é delicado e precisa ser acompanhado de maneira rigorosa, para não causar danos aos espermatozoides.

5. Fase final da inseminação artificial

O inseminador vai aplicar o sêmen no fundo da vagina da vaca. A técnica para isso é específica e cada profissional deve ter atenção para não causar dor ou machucar o animal. Além de infecções e bicheiras, isso pode prejudicar todo o processo de inseminação.

Quais as vantagens da inseminação artificial em bovinos?

As principais vantagens da inseminação artificial são o melhoramento genético, controle de doenças, cruzamento de raças e outros, como aponta a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Veja os principais pontos positivos de investir nessa técnica:

  • Melhora na genética;
  • Controle de doenças;
  • Prevenção de acidentes;
  • Uso de touros incapacitados para a monta;
  • Maior número de bezerros;
  • Controle zootécnico do rebanho;
  • Padronização do gado;
  • Uso de touros após a morte;
  • Menor dificuldade em partos;
  • Entre outras.

O melhoramento genético do rebanho tem muitos impactos positivos na produção e nos lucros para o produtor. Ou seja, a inseminação artificial é fundamental para a melhora na qualidade do leite!

Quais as desvantagens da inseminação artificial em bovinos?

A principal desvantagem na inseminação artificial do gado é a necessidade de mão de obra capacitada. Veja outros contras dessa técnica:

  • Baixa taxa de prenhez;
  • Necessidade de um acompanhamento eficaz sobre o cio;
  • Exigência de mão de obra especializada;
  • Investimento inicial em equipamentos;
  • Possível propagação de doenças reprodutivas e características genéticas negativas;
  • Dificuldade em manter o sêmen armazenado adequadamente;
  • E outras.

A inseminação artificial no rebanho é extremamente fundamental em propriedades adeptas da pecuária intensiva!

Como você pode ver, o processo de inseminação artificial depende de uma mão de obra especializada. Porém, os frutos dessa técnica podem aumentar os rendimentos e lucros da criação. Então, o pecuarista deve considerar a relação entre custos e benefícios, além de consultar a viabilidade do processo com o seu veterinário de confiança, é claro.

O nosso blog é desenvolvido pensando em você, pecuarista, que se preocupa com o bem-estar do seu rebanho. Por aqui nós sempre publicamos conteúdos relevantes para você. Para continuar aprendendo mais, veja nosso post sobre o tratamento para retenção da placenta!